A morte é um tema que, por sua seriedade, não se deve ser tratado levianamente. Beleza, honra, riqueza, poder terreno, esperanças e sonhos – todos são absorvidos por esse fim inexorável. O homem nasce com as mãos cerradas e morre com as mãos bem abertas. Ao entrar na vida, ele deseja se apoderar de todas as coisas; ao deixar o mundo, tudo o que ele possui se esvai.
Todavia, não é a morte em si que intriga e amedronta a humanidade desde tempos imemoriais, e sim o mistério que paira do outro lado. Aparentemente, não há uma resposta esclarecedora sobre isso – ou há?
Há algumas décadas, fiquei maravilhado com certos vislumbres impressionantes da eternidade que li em narrações diversas de testemunhos dados nos momentos finais de vida de várias pessoas. Na ocasião, deparei-me com um livro antigo, publicado em 1898, que continha dezenas desses relatos. Fiquei admirado e profundamente abalado. Ali estavam exemplos representativos de pessoas de todas as condições sociais, jovens e velhos, santos e pecadores, que, pouco antes de deixarem esta vida, viram claramente algo além do túmulo. Seus testemunhos foram contundentes e lúcidos, cada um confirmado em seus fatos essenciais.
Naquele momento, convenci-me a reunir o material necessário para a edição deste livro. Embora tenha levado quase dez anos para concluí-lo, não foi um trabalho exaustivo, pois acredito que seja uma evidência convincente das reiteradas respostas dadas por Deus às indagações fatídicas de homens e mulheres a respeito da eternidade.
Este livro traz o relato de homens e mulheres, crentes e descrentes, próximos ao limiar da eternidade. Ante a mais dramática experiência da vida, eles vislumbraram com clareza a dimensão do além-túmulo. O que viram e experimentaram não só comprova a expectativa factual da imortalidade do homem, mas também responde a muitas questões pertinentes que trazem perplexidade às mentes inquietas de hoje, tais como a exatidão do relato bíblico sobre a vida após a morte, a verdade ou falácia da reencarnação etc.
Muito mais importante que uma simples coletânea de evidências científicas, a leitura deste livro trará, para muitos, o alvorecer do que os antigos profetas chamavam esperança – a gloriosa percepção de um alvo e destino que são as únicas coisas a desafiar o materialismo que ameaça mergulhar nossa geração na loucura de uma vida sem propósito.
É a esta palavra – esperança –, com todas as suas riquezas para o coração humano, que dedico estas páginas.
John Myers
Northridge, Califórnia