Andrew Miller

Ainda jovem, ele entrou na empresa Smith, Anderson & Co. em Glasgow, cuja filial em Londres ele veio a gerenciar. Mais tarde, essa empresa trocou de nome para Miller, Son & Torrance. O seu filho, Thomas B. Miller, igualmente um servo do Senhor, o seguiu na liderança dessa empresa. Ainda durante o seu tempo na diretoria de sua grande empresa, ele chegou a ser por um bom tempo pregador leigo em uma comunidade batista escocesa em Londres. Foi ele quem deixou construir a capela. Quando estava em Londres, pregava nessa sua capela, porém a metade de seu tempo estava ocupado em ajudar em ações evangelísticas em várias regiões do país. Conforme um relato próprio de Andrew Miller, nessa época ele foi convidado por um cristão de assistir uma reunião de estudo bíblico, que acontecia semanalmente na casa desse irmão. Ele aceitou o convite, mas, por ser esse tipo de reunião completamente desconhecido por ele, foi vestido de smoking. Descobriu, então, assustando que foi ele o único visitante vestido dessa forma! Inicialmente, todos foram à sala de jantar, e em seguida aconteceu o estudo da Palavra na sala de estar. Depois da oração, leu-se, com toda a reverência, uma passagem das Sagradas Escrituras e seguiu uma conversa bastante cativante, em cujo decorrer se explicava as verdades da Bíblia. Andrew Miller descobriu que todas essas verdades ainda lhe eram completamente desconhecidas; esqueceu a sua vestimenta fora do normal e decidiu de visitar também o próximo estudo, caso o anfitrião o convidasse outra vez. Assim aconteceu, e enquanto frequentava semana após semana esses estudos, aprendeu mais e mais da maravilhosa verdade de Deus, dos Seus desígnios e dos Seus amor e graça na redenção. Assim chegou ao ponto que certo domingo nos anos 1852 ou 1853 declarou à sua comunidade, que não podia mais continuar a ser o pregador deles. A partir da semana seguinte, ele queria se reunir exclusivamente com aqueles que reconheciam e desejavam praticar os princípios bíblicos com respeito a se reunir no Nome do Senhor Jesus. A maior parte de sua comunidade voltou no próximo domingo, para se reunir desde então em separação do mal na base da unidade do Corpo de Cristo. A partir dessa época, Andrew Miller começou a ocupar um lugar cada vez mais estimado entre os irmãos com os quais agora era um.

Ele era um evangelista com um coração cheio de amor aos perdidos e para muitas almas idosas e jovens se tornou a ferramenta da conversão delas. Raras vezes anunciou o evangelho sem que lágrimas corressem por seu rosto, enquanto falava do amor do Senhor Jesus, tentando despertar as consciências de seus ouvintes. Foi bastante desgostoso para ele ver, quão pouco interesse pelo evangelho havia nas igrejas locais que visitava. Por outro lado, Andrew Miller, na sua condição de orador altamente dotado, também conseguia prender os seus ouvintes crentes de tal forma, que eram capazes de ouvir as suas pregações por um espaço de tempo extremamente prolongado sem que cansassem. Por isso ele foi chamado por muitos de “o pregador mais dotado entre os irmãos mais antigos”. Andrew Miller era amigo de C. H. Mackintosh e em conjunto com esse irmão publicou, a partir do ano 1858, durante muitos anos a revista mensal “Things New and Old” (“Coisas Novas e Velhas”). Nessas revistas, quer serviam de bênção para muitos, a verdade para os crentes foi explicada e exposta de maneira simples e clara, e ao mesmo tempo também de maneira minuciosa e carinhosa. Era também Andrew Miller que encorajou C. H. Mackintosh a escrever as suas “Notas sobre o Pentateuco”. Ele mesmo escreveu um prefácio a essa obra e financiou em grande parte a impressão. Andrew Miller também era amigo de John Nelson Darby. Quando esse último estava já em seu leito de morte, Andrew Miller estava seriamente doente e se encontrava em Bournemouth. Diariamente John Nelson Darby se informou do bem-estar de Andrew Miller. Aproximadamente um ano mais tarde, no dia 8 de maio de 1883, também Andrew Miller entrou no lar, para estar com o seu Senhor. Havia trabalhado muito para Ele e, antes de seu fim, ainda sofreu muito.

Quando, no final de sua vida, olhou para o passado, contemplou o presente e viu o futuro diante de si, certa vez exclamou com bastante ênfase da profundeza de sua alma: “Não há nada que conte senão Cristo somente!”.

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