C.H. Spurgeon (1834-1892)
“Lembre-se dos pobres” Galátas 2:10
Por que Deus permite que tantos dos Seus filhos sejam pobres? Ele poderia torna-los todos ricos se Ele quisesse. Ele poderia encher sacos de ouro e deixá-los em suas portas. Ele poderia dar-lhes um grande rendimento anual ou Ele poderia espalhar em volta de suas casas provisões abundantes, como Ele fez uma vez espalhando codornizes em volta do acampamento de Israel e fazendo chover pão dos céus para alimentá-los.
Não haveria necessidade que fossem pobres, exceto se Ele ver que assim é melhor. “Os rebanhos nos milhares de outeiros são Meus”. Ele poderia supri-los ricamente. Ele poderia fazer que os ricos, os grandes, os poderosos trouxessem todo seus poderes e riquezas aos pés de Seus filhos, porque o coração de todos os homens está sobre o Seu controle.
Mas Ele, no entanto, não escolheu fazer desta maneira. Ele permite que eles sofram necessidades. Permite que eles definhem na penúria e obscuridade. Por que isso?
Existem muitas razões: uma é dar a nós, que somos favorecidos com o bastante, uma oportunidade de expressar o nosso amor por Jesus. Nós mostramos o nosso amor por Cristo quando cantamos para Ele e quando oramos a Ele. Mas se não houvesse filhos da necessidade no mundo, nós perderíamos o doce privilégio de evidenciar o nosso amor através da ministração de atos de caridade aos irmãos pobres. Ele tem ordenado que nós devemos provar o nosso amor não somente em palavras, mas de fato e em verdade.
Se nós verdadeiramente amamos a Cristo, nós iremos cuidar daqueles que são amados por Ele. Todas aqueles que são estimados por Ele serão estimados por nós. Vamos então olhar para isto não como uma obrigação mas como um privilégio em aliviar os pobres do rebanho do Senhor, lembrando as palavras do Senhor Jesus: “Na medida em que fizeres a um destes pequeninos irmãos, a Mim o fizeste”.
Certamente essa garantia é doce o suficiente, e este motivo forte o bastante para nos levar a socorrer a outros com mãos dispostas e um coração lembrado de que tudo o que fazemos por Seu povo é aceito graciosamente por Cristo como feito a Ele mesmo.
C.H. Spurgeon (Fonte não citada)
A teologia de Spurgeon fluía de sua experiência com Deus e com Sua Palavra. Sua vida espiritual e sua teologia eram uma mesma coisa. Era um devorador de livros. É conhecido como o “príncipe dos pregadores”.