“Os homens que realmente acreditam em si mesmos estão todos em asilos de loucos.” — G. K. Chesterton
Ontem estive mais uma vez conversando com alguns famintos santos venezuelanos. Palavras batizadas com lágrimas jorram dos seus corações dilacerados pela dor. Eles falam aos homens ao mesmo tempo que falam com Deus.
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As cortinas se abrem, terra e céu se unem. É hora de retirar as sandálias e cair de joelhos diante do Onipresente.
No átrio exterior, fome, sede, doença e desamparo se multiplicam por toda parte. No Santo dos Santos, shekinah.
A intuição inspirada transcende o diálogo. Um cheiro de enxofre infernal tenta profanar o santo ambiente.
Um mosaico em formação surge. Um imponente tapete de fumaças negras, sobrepondo-se aos ombros dos oprimidos, sangrando-os como sacrifícios vivos, tenta extrapolar seus limites até nós. Nele, principados desfilam seus falsos triunfos, sabedores que pouco tempo lhes resta. O lago de fogo os espera.
Uma olhadela nos bastidores da sociedade em caos desnuda a saga. Não se trata apenas da funesta ideologia. Potestades digladiam-se para possuir o tirano ditador. A posse das almas feitas à imagem do Criador é o escopo.
Por milênios o demônio possui todo aquele que quer ser Deus. A história se repete, e o demônio possui o imaturo Maduro, trajado com os farrapos de Hitler, Stalin, Pol Pot e Mao Tsé-Tung.
O palácio do tirano é a extensão do abismo. O Hades é sua porta de entrada.
Em seu exército, há mais demônios do que homens. E seus homens, desumanizados, são mais demônios do que homens. Eles respiram ódio, ameaça e morte e se alimentam com o sangue dos inocentes.
Como um cruel vulcão em erupção, o tirano vomita loucuras insanas de orgulho. Sua caneta é um cetro de morte. Ao massacrar o inocente, ele aprofunda sua breve sentença no inferno.
Os céus governam a terra. Os sofrimentos dos santos, inflados pelos poderosos, são o trampolim de sua queda. As aflições dos justos são combustão de suas intercessões. Um avivamento celestial implode o domínio do mal.
As intercessões dos santos são avalanches que destroem as casas dos tolos edificadas sobre a areia da vaidade. Da fraqueza humana os santos transbordam as forças dos céus. Em sua pobreza, eles desfrutam verdadeira riqueza. A espada de ferro do sofrimento precede a coroa de ouro da glória dos santos.
Um lampejo do céu rompe o véu da racionalidade entenebrecida. Descortinado está que a vida do Príncipe ressuscitado prevalece nos santos e esbofeteia a morte.
Do aparente abandono de Deus é decifrado o mistério. Quanto mais esmagados são os santos no vale do sofrimento, mais exalam a fragrância do Seu perfume. O vale de Baca se transforma em oásis celestial.
O Deus que Se oculta habita com os quebrantados de espírito. Você pode ouvi-lO. Ele fala, mesmo em Seu silêncio. Na escuridão do sofrimento, vemos Sua face sorridente.
Quanto mais desamparados pelos homens, mais os santos são abraçados pelo Rejeitado-Glorificado. O caminho salpicado de sangue é a trilha do Cordeiro crucificado que nos guia à Sua intimidade. A prática da solitude atrai a Pomba da comunhão Trina.
Sobre os ricos santos pobres repousa o Espírito da glória de Deus. E sorridentes, como rostos de anjos reluzentes, adentram o gozo indizível da comunhão com os mártires que os precederam.
O pranto é transformado em dança, a dança da Trindade, cujas vestes de glória e majestade enchem o templo do universo.
A espada mortal acelera o privilégio dos santos de reinar com o Rei. Anjos jubilam-se com eles e os defendem das hordas malignas no espetáculo da arena.
Os vigilantes celestiais mantêm as feras em seus limites. Os santos bailam em gozo mesmo em face da morte, pois os céus se abrem a eles e contemplam o Rei, que de pé os recebe.
Os santos desarraigados deste mundo hostil estão adentrando nos céus. Os que aqui cambaleiam desterrados e moribundos julgarão, no Reino de justiça e paz, os anjos caídos, o mundo e os poderosos que os afligiam.
Os avarentos poderosos das nações são abutres de Mamom que se alimentam da carne dos desfavorecidos. Por terem a bolsa das nações, tornaram-se Judas negociando as almas dos inocentes pelo maldito dinheiro manchado de sangue.
A ONU e os países de primeiro mundo se tornaram covis de ladrões e saqueadores. Como mercenários, favorecem os lobos que se alimentam do sangue das ovelhas em vez de protegê-las. Foram engodados pela ganância do ouro negro.
A guerra e a fome são fontes de lucro dos poderosos. “Que morram os pobres!”
O cálice da ira de Deus em breve transbordará. Os perversos fugirão d’Aquele que zombam, mas não acharão abrigo. A Rocha eterna cairá sobre os poderosos ímpios e os esmigalhará.
A ironia divina confunde os arrogantes. A fraqueza de Deus triunfa sobre a força dos “poderosos”.
O tempo é servo de Deus. Sua paciência e longanimidade precedem Seu juízo e severidade. Nada está fora de Seu controle.
Os ricos santos pobres julgarão com o Rei os pobres poderosos e reinarão sobre as nações com vara de ferro.
As cortinas da misericórdia se fecham. Um abismo entre céu e terra está posto. A longanimidade de Deus se encerra. É chegado o dia de Sua vingança.
Eles não mais estão na ímpia Venezuela, nem nós em Sodoma e Gomorra. Adentramos na Nova Jerusalém celestial. Não há mais sede, pranto e dor. Um rio de vida fluiu do trono da Majestade. Eis que tudo novo se fez.
Palavras outrora batizadas com lágrimas, que jorravam de corações dilacerados pela dor, se transformam em palavras de júbilo, adornadas com o gozo da visão do Santo. Na verdadeira casa, por fim, os santos ricos pobres estão.
Gerson Lima
Monte Mor, SP
05/04/2019
Editor da Editora dos Clássicos.