Martyn Lloyd-Jones -Música: apenas uma serva

24 ago

Martyn Loyd-Jones (1899-1981)

No Pais de Galles, minha terra natal, havia uma expressão que ouvíamos com frequência. A expressão se referia não ao coral, e sim ao canto congregacional; era conhecida como “o demônio do canto”. Esta expressão queria dizer que o assunto do cantar produzia mais contendas e divisões nas igrejas do que qualquer outra das atividades da igreja.

À parte disso, a música, em suas variadas formas, faz surgir todo o problema do elemento de entretenimento, insinuando e levando as pessoas a virem aos cultos para ouvir música, e não para adorar.

Conforme já disse em noutra conexão, temos de interromper determinados maus hábitos que têm penetrado a vida de nossas igrejas e se transformado em uma tirania. Já me referi à forma rígida do culto e às pessoas que se dispõe a brincar com a verdade e tentam mudá-la, mas resistem a qualquer tentativa de alteração na ordem do culto e nessa rígida forma.

Portanto, sugiro que é chegado o tempo de fazermos a seguinte pergunta: por que é necessária toda esta ênfase sobre a música? Por que a música é tão importante? Enfrentemos esta questão; e, por certo, à medida que fizermos isso, chegaremos à conclusão de que aquilo que devemos buscar e almejar é uma congregação de pessoas que entoam juntas louvores a Deus; e que a verdadeira função dos instrumentos é acompanhá-las.

Compete-lhes aos instrumentos e à música serem um acompanhamento, e não um ditador, nunca devemos lhes permitir ocupar esta posição, eles devem sempre serem subservientes.

Portanto, eu diria como regra geral: conserve a música em seu devido lugar. Ela é uma criada, uma serva; não lhe devemos permitir que domine ou controle as coisas, em nenhum sentido.

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