"E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele" (Romanos 8:9)
Afinal, o que Paulo quis dizer nesse versículo?
O Espírito de Cristo, universalmente reconhecido como um clássico da literatura cristã e, provavelmente, a obra-prima de Andrew Murray, responde a essa pergunta. Sua grande contribuição é ter alcançado, de maneira prática e acessível ao mais simples leitor, um equilíbrio perfeito entre os fundamentos centrais da teologia bíblica – especialmente sobre a Trindade e a Cristologia – e a experiência cristã em relação à Pessoa e à obra do Espírito Santo, como o Espírito que habita e opera no homem.
Devemos reconhecer que o Espírito Santo não é plenamente percebido na Igreja – o Corpo de Cristo – como Ele deveria ser. Em nossa pregação e em nossa prática. Ele não ocupa a posição de preeminência que tem no plano de Deus. Enquanto nossa crença no Espírito Santo for apenas ortodoxa e escritural, Sua presença e poder na vida dos cristãos, no ministério da Palavra e no testemunho da Igreja nunca serão o que promete a Palavra ou o que foi planejado por Deus para Seus filhos.
Ou como afirma Murray: “Tenho um forte temor – e digo isso com toda humildade – de que, na teologia de nossas igrejas, o ensinamento e a liderança do Espírito da Verdade, a unção que tão somente ensina todas as coisas, não sejam reconhecidos de maneira prática. Se os líderes de nossas igrejas […] estivessem plenamente conscientes do fato de que, em tudo que diz respeito à Palavra de Deus e à Igreja de Cristo, o Espírito Santo deveria ter o supremo lugar de honra como Ele tinha nos Atos dos Apóstolos, então certamente os sinais e marcas de Sua presença seriam mais claros e Suas poderosas obras mais manifestas. Acredito não ter sido presunçoso em esperar que aquilo que foi escrito neste Livro possa ajudar a lembrar até mesmo nossos líderes espirituais daquilo que é facilmente negligenciado – o requisito indispensável para gerar fruto para a eternidade: estar cheio do poder do eterno Espírito.”